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30 anos de existência do Primeiro Comando da Capital: há o que comemorar? 

A organização criminal, Primeiro Comando da Capital [2] (PCC), completará no dia 31 de agosto de 2023, 30 anos de existência. O Observatório de Segurança Pública (OSP), trará uma sequência de atividades para desbravar as dimensões do PCC nesses 30 anos, dado que o partido fornece inúmeros enfoques na realidade e abre discussões interessantes para as ciências sociais, que comovem a atenção da sociedade brasileira. 

Resumo da monografia: “Organizações internacionais e sua ação contra o crime organizado transnacional: um estudo de caso sobre a ascensão e presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) na América do Sul”

É após o massacre do Carandiru e a discussão sobre direitos humanos dos presos que o Primeiro Comando da Capital (PCC) surgiu, em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté, vulgo Piranhão. Durante o campeonato de futebol na casa de custódia que o grupo se oficializou, após um violento acerto de contas com presos de outra galeria do presídio, com execuções, os primeiros irmãos, os fundadores se reuniram e oficializaram o PCC. Fundado oficialmente em 1993, inspirado pelo lema da falange vermelha de “paz, justiça e liberdade” e consequente da grande violência nos presídios dos anos 90, o PCC se torna um forte nome de resistência contra a violência carcerária, o grupo aos poucos se organiza e se expande para defender seus membros. Naquela época o discurso de proteção e de mudança atraiu muitos irmãos.

O crime produz segurança? Uma análise do dispositivo de proteção, segurança e administração de conflitos do Primeiro Comando da Capital nas periferias paulistas

Por Eduardo Dyna: Na sociedade brasileira, há muitos problemas envolvendo a segurança pública e a questão urbana, devido a um conjunto de questões sobre desigualdade social, racismo, repressão, violência, concentração de terra e renda, criminalidade, entre outros. É diante desse contexto que novos desdobramentos e resistências singulares foram criadas em territórios específicos, como a organização de presos, Primeiro Comando da Capital (PCC), surgida há 30 anos e que produz relações e impactos díspares na sociedade, atuando nos ilegalismos e agindo em territórios para preencher vácuos deixados pelo Estado, principalmente nas prisões e periferias.

PCC, Crimes de Estado e a Politização do Crime. Com Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias

Com anos de pesquisas, entrevistas e reportagens, poucas pessoas foram tão fundo no esforço de entender a história, a estrutura e o significado do PCC para o país quanto Bruno e Camila. Mais do que uma facção criminal, os autores descrevem o PCC como um fenômeno complexo e intrinsecamente relacionado com as políticas de segurança pública e penal do Estado de São Paulo.