Categoria [Artigos e Pesquisas – OSP]

A saudação do bilionário: Os CEOs das Big-Techs na posse do novo e mais radicalizado governo Trump

Os gestos de Elon Musk no pódio durante a posse de Donald Trump em Washington geraram comparações online com uma saudação nazista. (foto da Reuters)

Quatro anos depois, Donald Trump retorna à Casa Branca para ocupar a liderança do país mais poderoso do Ocidente. E não volta sozinho, mas acompanhado de uma trupe de radicais de extrema-direita, o que inclui o apoio – mais direto ou mais envergonhado – de CEOs (na linguagem popular, os “chefões”) de grandes empresas de tecnologia do mundo, as chamadas Big-techs. Marcaram presença na cerimônia de posse do novo governo figuras como Mark Zuckerberg, dono da Meta, Jeff Bezos, da Amazon, Sunder Pichai, da Google, Tim Cook, da Apple, Sam Altman, da OpenAI, e Elon Musk, da SpaceX, Tesla e X (antigo Twitter). Este último, cuja simpatia pela extrema-direita já estava mais do que explícita, não só assumirá um cargo na nova administração como também fez a conhecida saudação nazista Seig Heil[ii] durante o seu discurso na comemoração da posse de Trump, diante de uma plateia de trumpistas entusiasmados que lotaram a Capital One Arena, em Washington.

Muda-se o cargo mudam-se as redes? Representação de candidatos policiais nas redes sociais virtuais

Título: Muda-se o cargo mudam-se as redes? Representação de candidatos policiais nas redes sociais virtuais Autor(a): Luis Fernando de Castro Vascon e Felipe Ramos Garcia Resumo: O Brasil tem presenciado um aumento significativo no número de candidatos provenientes de instituições de segurança, particularmente…

Símbolos, sinais e signos de facções criminosas: aspectos iniciais sobre as dinâmicas no mundo do crime

O Observatório de Segurança Pública e Relações Comunitárias da UNESP (OSP) traz neste primeiro texto de 2025, algumas considerações sobre as dinâmicas do mundo do crime, a violência das organizações criminais e os impactos na vida da população desses territórios. O objetivo deste artigo é analisar a produção simbólica e cultural das facções no Brasil, com o foco em contextualizar os símbolos, sinais e signos dos principais comandos, com o intuito de entender as particularidades dessas situações que são atreladas em territórios, dinâmicas criminais e configurações de poder específico.

Entrevista de pesquisadores do Observatório de Segurança Pública para a Rádio USP

No dia 03 de dezembro de 2024, foi publicado a entrevista dos pesquisadores do Observatório de Segurança Pública e Redes Comunitárias (OSP), Vinicius Figueiredo e Eduardo Dyna, que participaram da matéria da Rádio USP sobre combate ao crime organizado.

Foucault, a genealogia e sua “caixa de ferramentas”

O pensador francês Michel Foucault (1926-1984) apresenta, no conjunto de sua obra, uma abordagem crítica original das relações de poder, dos discursos que veiculam saberes, dos modos de subjetivação (formas nas quais os sujeitos se compreendem e são apreendidos pela sociedade). Na construção de seu prisma analítico, Foucault constituiu uma síntese peculiar de diversos pensadores como Nietzsche, Canguilhem, Kant e Hyppolite (Eribon, 1990).[2] Abordagem tributária também das efervescências contestatórias de seu contexto, muitas nas quais se envolveu diretamente: o Maio de 68, as forças antipsiquiátricas, as lutas dos prisioneiros e os movimentos de liberação sexual (Fontana; Bertani, 1999, p. 344).

Análise da peça “traga-me a cabeça de Lima Barreto” sob a ótica da sociologia do conhecimento.

O presente trabalho procura realizar uma análise da peça de teatro “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”, protagonizada pelo ator baiano Hilton Cobra, sob a ótica das discussões realizadas na área da Sociologia do Conhecimento. Dessa maneira, o texto irá abordar os principais pontos discutidos na peça, abarcando a relação existente entre produção de conhecimento e poder, fato exemplificado pela trajetória individual de Lima Barreto, que teve a sua produção artística descredibilizada por se caracterizar enquanto um indivíduo negro e subalternizado dentro da primeira república brasileira.

A violência e massacre como política de segurança pública: a continuação da operação Verão/Escudo na baixada santista

O OSP continua na produção de análises sobre a situação das operações policiais Verão/Escudo na baixada santista.
O objetivo deste texto é dar continuidade ao processo da operação Verão/Escudo, iniciada no final de janeiro e começo de fevereiro, traçando no período de 10 de fevereiro até 15 de março (data da publicação deste artigo), momento em que se consolida a operação policial nas cidades do litoral sul. O foco é investigar os massacres cometidos, o perfil das vítimas, o discurso que legitima a prática violenta, os interesses por trás das políticas de segurança pública do governo do Estado de São Paulo e das forças policiais.