por Leonardo José Ostronoff e Felipe Ramos Garcia no Le Monde Diplomatique: Por que recorrer aos militares, soldados treinados para guerra contra um inimigo externo, para lidar com seus próprios cidadãos dentro do estado de direito? A segurança pública seria um assunto da Defesa?
Em artigos recentes, refletimos a respeito da militarização da Segurança Pública no Brasil, em geral, e, mais especificamente, no Rio de Janeiro, quando, na verdade, observa-se que este aspecto da militarização se potencializa a partir da última década, ou seja, desde os anos de 2010 até o presente momento.
O Observatório de Segurança Pública elaborou uma rede de pesquisadores para troca de informações, divulgações de pesquisas, publicações, eventos e muitos mais. A nova plataforma possuí recursos semelhantes as redes sociais, como envio de mensagem entre os usuários, grupos, criação de postagens, entre outros recursos com foco estritamente acadêmico.
Neste trabalho, apresento um levantamento bibliográfico da discussão na sociologia e antropologia brasileiras sobre a psiquiatria neurobiológica e extra-asilar no contexto
pós-Reforma Psiquiátrica (2001).
No dia 25/06 (sexta-feira) às 19h30, via Google Meet, será realizado um evento com o Professor Dr. Paulo Carrano que discutirá os desafios da Sociologia na compreensão das juventudes no Ensino Médio em tempos (pós) pandêmicos.
Por Eduardo Dyna: No dia 06 de Maio de 2021 repetiu-se mais um fato de extrema violência na história brasileira. Na comunidade do Jacarezinho, localizada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, uma operação policial resultou na maior chacina da história fluminense, com mais de 28 mortos e pessoas feridas. Essa ação policial foi repercutida nacionalmente e teve impacto internacional, visto o histórico da violência nas favelas cariocas e o momento atípico causado pela pandemia do Coronavírus.
Por Eduardo Dyna e Thaina Sales: Os usuários de crack, comumente conhecido por “Nóias”, circulam em um local itinerante no centro de São Paulo/Brasil, chamado de “Cracolândia”. Rejeitados pelos seus familiares, e incompreendidos pelo Estado e assistentes sociais, os Nóias são excluídos da sociedade não-drogada, que os considera sujos e anormais. Contraposto a esse ideal que é definido como “padrão molar” por Deleuze e Guattari, propomos que o Nóia constitui-se como um devir resistente, e, mais precisamente, a mulher usuária de crack é ainda mais potente em sua resistência. Assim, elas viveriam no limiar entre dependência (sendo quimicamente dependentes da droga), confinamento (em relação aos seus próprios corpos e sociedade), e resistência (formando uma contra conduta ao padrão molar). A partir de uma análise do discurso com revisão documental e bibliográfica, analisamos essas existências, em busca do devir-nóia que emerge das usuárias.
Por Brenda Dias: Sob a perspectiva de gênero, este artigo traz em pauta os desdobramentos da ‘’ naturalização’’ dos trabalhos doméstico e reprodutivo da dona-de-casa e a não-remuneração do mesmo no sistema econômico capitalista.
Após um período de relativa baixa que separa os atentados ocorridos na França em meados de 2015, - conforme relatórios analisados da Polícia da União Europeia – e os de outubro de 2020, o professor de história Samuel Paty foi decapitado por exibir charges do profeta do islã em uma sala onde havia uma aluna muçulmana.
Este artigo discute o uso mortal da violência como uma agenda de segurança pública, com foco na letalidade policial e nas intervenções militares. Por meio de uma revisão da literatura para a compreensão de conceitos - como “guerra”, por exemplo - utilizados nas agendas das políticas de segurança pública, o estudo busca enquadrar a noção de violência política, principalmente no que se refere às políticas de combate à violência no Brasil.